terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

BATMAN: Ataque ao Arkham ( o esquadrão suicida como DEVE ser !)

    Entre DC e Marvel eu sou muito mais a Marvel. Gosto desse universo porque ele me parece menos forçado, mais coerente, as motivações de seus heróis e vilões são mais aceitáveis e a criação e introdução de novos personagens e morte de outros mais natural. A Marvel consegue renovar seu panteão de heróis com uma tranquilidade que a DC não possui, se vê isso apenas comparando o sucesso da Marvel Now e fracasso dos novos 52 da DC e isso vem se confirmando também no cinema com um sucesso atrás do outra da Marvel estúdios. No entanto, no que se trata de animação, a DC comics ainda reina absoluta e isso vem se confirmando a cada ano, desde os clássicos para a TV “Batman a série animada”, que inovou com seu estilo e ficou marcada na minha memória graças a trilha sonora, passando pelo “Batman do Futuro” e a “Liga da Justiça” (não! não estou falando dos superamigos) até chegar nos longas de animação como ponto de ignição e o “Batman, o cavaleiro das trevas” que é a adaptação da obra de Frank Miller e é genial!! Não sei se o pessoal da Warner que trabalha com essa área é escolhido a dedo entre os melhores, ou se a DC vê o sucesso nessa área como questão de honra,o fato é que o universo de animação da espetacular e isso se confirmou mais uma vez com seu último longa “Batman: Ataque ao Arkham”.

   A História é a seguinte, O charada ( aquele velho “vilão” bobo do Batman) conseguiu roubar informações sobre a força tarefa X, também conhecido como esquadrão suicida, e ameaçou revelar publicamente o nome dos atuais, antigos e aspirantes a integrantes desse projeto, colocando em risco os interesses de Amanda Waller (a Nick Fury de saias da DC comics), só que o charada é capturado pelo Batman e enviado para o asilo Arkhan, onde as informações, que estão em um pendrive em sua bengala são arquivados; Amanda resolve então recrutar um time de vilões dispensáveis para invadirem o Arkhan e recuperar o pendrive. O grupo que é formado pelo Pistoleiro , Arlequina , Capitão Bumerangue , Tubarão Rei, Aranha negra e Nevasca têm nano bombas implantados em suas cabeças ,que podem ser detonados caso desobedeçam ou tentem fugir, eles são jogados de paraquedas sobre Gothan para buscarem ajuda logística e abrigo do maior Gangster da Cidade, Oswald Cobbelpot, o Pinguim e depois devem se dirigir até o alvo e sem chamar a atenção recuperar o objeto, tendo em troca redução de penas e benefícios, é claro que colocar um time de vilões de segunda linha dentro de um hospício recheado com os maiores vilões do Batman é indicador de problemas e é justamente o que acontece
Turminha reunida
    O longa é muito bom ! Principalmente porque explora bem os personagens centrais que é o grupo do esquadrão suicida (ignorando o Batman, que tem sua importância, mas fica em segundo plano), a aura de anti-herói durão e líder que dão ao pistoleiro convencem, assim como a canastrice e falta de profissionalismo do capitão Bumerangue, as personalidades e interesses são bem claros e até o clima de romance entre a Nevasca e o tubarão Rei é bacana. O traço do desenho, assim como as cenas de luta, lembram um pouco os animes japoneses, com a câmera correndo e os personagens dando um show de agilidade e ação. O designer dos uniformes dos personagens também é muito legal, o Pistoleiro usando uma roupa discreta e as armas que ele carrega nos pulsos desenhadas de forma que quem veja entenda como funciona, ao contrário daquele colam vermelho dos quadrinhos que parece uma péssima ideia para quem quer ser um assassino que não quer ser pego, O tubarão rei também ficou legal, um brutamontes com uma mandíbula de metal ao invés do tubarão bípede das antigas histórias do Super-boy; O Aranha negra , um ninja assassino falando em honra e disciplina, a luta dele com o Batman no depósito é épico e, é claro, a Arlequina e Nevasca dando um show de sensualidade e assassinatos fecham o grupo com chave de ouro.
"VAI TER FILME??"



   No ano passado a DC/Warner anunciou o filme do esquadrão suicida para 2016. Eu, embora conhecedor os personagens nunca me senti muito fã, mas isso mudou depois de assistir a animação. Se o estudio conseguir manter o clima no mesmo nível que o longa animado é garantia de sucesso, mesmo com as possíveis adaptações que serão necessárias para entrar na faixa de censura 13 anos, pois o desenho está um pouco longe disso, com a descartabilidade de sues personagens principais ao melhor estilo do Sr George R.R Martin e com cabeças explodindo, pessoas sendo esfaqueadas, mulheres apanhando e uma tórrida, embora não mostrada, cena de sexo entre Arlequina e Pistoleiro. “Batman: Ataque ao Arkahn” se transformou em um clássico imediado para mim e espero que a DC consiga transpor essa genialidade que eles apresentam em suas animações para suas HQ's e Filmes, mesmo ao custo da vida de alguns vilões de segunda classe.