quinta-feira, 10 de maio de 2012

o Feliz é ter final

    Ela cortou o cabelo, mas o cheiro, ah o cheiro!!, esse era o mesmo ainda. eles estavam na cama, na verdade um colchão no chão, um colchão que foi de uma cama box que eles compartilharam por mais tempo que deveriam, um colchão que agora era dela para deixar deitar quem ela quisesse e naquele sábado ele era o sorteado.
   Ela estava de costas para ele, estava em posição fetal. ele estava com a mão em sua cintura, fazia carinho enquanto sentia seu perfume, um perfume que trazia todas as lembranças, as boas e as ruins, sabia do que poderia acontecer, dos riscos que sofria, da dor que estava plantando em si, mas não se importava, só queria estar ali. ele estava realizado. estava feliz.
Ela disse que tinha um aperto no peito, que descobriu suas histórias de solteiro, ele disse que isso não era importante, que ninguém era mais importante (ele sempre teve uma veia de cafajeste) e que queria estar ali e que lá fora era outra história. ela virou-se e o beijou lentamente, na verdade apenas encostou os lábios e deixou o carinho ser transmitido.
Se amaram!!
   O dia veio, assim como a morte vem mais cedo ou mais tarde, Eles se despediram como amigos, não, na verdade eles se despediram como conhecidos, pois era o que eram agora. Há noites que revelam mais sobre uma pessoa do que três anos de convivência. Ele saiu e a porta atrás de si se fechou. ele não olhou para trás e nem ela abriu a porta novamente.

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